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Tratamentos Odontológicos

Blocos e Coroas em Cerâmica (Porcelana)

Chamamos de blocos, as restaurações preparadas em laboratório, normalmente parciais, efetuadas em dentes com grande perda de estruturas de esmalte, dentina ou ambas e que não possam ser restauradas convencionalmente com resinas ou amálgama de prata, devido a possibilidade de fraturas futuras. Atualmente, por questões estéticas, vem sendo utilizados restaurações tipo Inlay ou Onlay, à base de polimeros, cerâmica pura, e, pastilhas injetadas com ips emax que é um vidro cerâmico de dissilicato de litio que tem propriedades de resistência e translucidez muito altas.

Por outro lado, chamamos de coroas, a cobertura total da coroa do dente, seja confeccionada totalmente em metal, em metal-cerâmica, cerâmica pura e dissilicato de litio.

Com relação à melhor opção entre o bloco e a coroa, depende de uma série de fatores, tais como: se a localização do dente envolver estética, o ideal seria uma coroa em cerâmica pura.

Se a localização do dente for posterior, pode-se decidir pela durabilidade, optando-se por uma coroa metalocerâmica, ou, ainda decidir, por uma coroa em e-max, que envolve tanto durabilidade como estética.

Atualmente, as restaurações protéticas, de acordo com as indicações clínicas, estão sendo substituídas pelo metal free. As coroas produzidas de cerâmicas proporcionam resultados estéticos mais satisfatórios, em razão de sua capacidade de transmissão de luz.

Existem vários sistemas cerâmicos reforçados que irão fazer a base da porcelana:

1- SISTEMA PROCERA

Uma base de trabalho que será provada para receber depois a cerâmica e confeccionada com dimensões aumentadas, 15% a 20% maiores que o troquel original. Sobre essa base é compactado o óxido de alumínio puro (99,5%) com duas toneladas de pressão, para formar a infraestrutura cerâmica. Somente cerâmicas aluminizadas especificas são compatíveis com este sistema.

2- SISTEMA IN-CERAM

Este sistema permite a confecção de infraestruturas com grande conteúdo cristalino, conferindo-lhes alta resistência. Essa infraestrutura é formada por núcleos de cristais que podem ser de óxido de alumínio ou magnesio.

3- SISTEMA IPS EMPRESS

O sistema IPS Empress utiliza cerâmica feldspática, reforçada por leucita fundida, que, posteriormente, recebe um processo de maquiagem para conferir-lhe melhor estética.

4- SISTEMA IPS EMPRESS 2(EMAX)

Esse sistema consiste na confecção de infraestruturas, utilizando-se uma cerâmica vítrea de dissilicato de lítio. Esse material contém cerca de 60%, em volume, de cristais de dissilicato de lítio, medindo entre 0,5 mm e 5 mm. Para revestir a base utilizamos a cerâmica sintética de flúorapatita que vem conseguindo reproduzir dentes com excelência estética e bastante naturalidade e conferem algumas vantagens, como excelente estética, assim como resistência ao desgaste.

Vale salientar que por cima da base que cera adaptada no preparo feito diretamente no dente iremos revestir esta base com cerâmica, que por sua vez pode ser uma feldspática.

TIPOS DE CERÂMICAS ODONTOLÓGICAS

As porcelanas odontológicas podem ser classificadas quanto ao tipo, ao ponto de fusão e à composição. Contudo, a classificação mais utilizada atualmente baseia-se na composição e fabricação das porcelanas, dividindo-as em: feldspáticas, aluminizadas (99,5%), aluminizadas reforçadas com vidro, e vidros ceramizados 7.

CERÂMICA FELDSPÁTICA

A cerâmica feldspática foi a primeira a ser empregada na odontologia e, até hoje, tem grande aceitação clínica. Sua estrutura vítrea é composta basicamente por dois minerais: o feldspato, formando a fase vítrea e o quartzo, compondo a fase cristalina, as quais conferem algumas vantagens, como excelente estética, alta estabilidade química, assim como resistência ao desgaste. Contudo, apresentam como desvantagens a maior dureza em relação ao esmalte dental . Além disso, são friáveis, tendo baixa resistência à tração, o que lhe confere a característica de friabilidade, ou seja, fratura frágil sem deformação plástica.

As novas tecnologias incorporaram alguns componentes nas cerâmicas feldspáticas para lhe conferirem maior dureza,são elas:

  • cerâmicas aluminizadas;
  • cerâmicas com zirconia;
  • cerâmicas com leucita.

Vale ressaltar que no passado e mesmo no presente utilizamos muito o metal como base, pois , a casuística do sucesso das restaurações sempre foi muito grande. Porem, a odontologia sempre buscou substituir materiais metálicos devido a sua desvantagem estética. Qualquer um dos sistemas de cerâmica pura para infraestrutura (base), visando esconder dentes escuros por canal mal feito ou mesmo os pinos metálicos, pode proporcionar bom ajuste e aspecto de naturalidade, desde que cuidados sejam tomados durante os procedimentos de confecção. O sucesso no uso dos materiais totalmente cerâmicos está na apropriada seleção do sistema, lembrando, ainda, que todos os sistemas apresentam limitações e, quando, se tenta extrapola-las, a taxa de sucesso tende a cair.